domingo, 15 de setembro de 2013

Curiosidade Literária: Fundação Biblioteca Nacional

A Biblioteca Nacional, também chamada de Biblioteca Nacional do Brasil, cujo nome oficial institucional é Fundação Biblioteca Nacional, é a depositária do patrimônio bibliográfico e documental do Brasil, considerada pela UNESCO como a sétima maior biblioteca nacional do mundo e, também, é a maior biblioteca da América Latina.

Entre suas várias responsabilidades incluem-se a de preservar, atualizar e divulgar uma coleção com mais de oito milhões de peças, que teve início com a chegada da Real Biblioteca de Portugal ao Brasil e cresce constantemente, a partir de doações, aquisições e com o depósito legal. A história da Biblioteca Nacional se inicia antes de sua fundação, pois em 1º de novembro de 1755, Lisboa sofreu um violento terremoto, que marcou sua história, dando origem a um grande incêndio entre outros edifícios, na Real Biblioteca, também conhecida como Real Livraria, considerada uma das mais importantes bibliotecas da Europa, àquela época.

A esta perda quase irreparável para os lusitanos seguiu-se um movimento para sua recomposição, que foi prevista entre as tarefas emergenciais para reconstruir Lisboa após o incidente de 1755. A fim de levar a cabo essa missão, o rei Dom José I de Portugal e o ministro Marquês de Pombal empenharam-se em juntar o pouco que sobrara da Real Livraria e a organizar, no Palácio da Ajuda, uma nova biblioteca, que se tornou importante pela composição de seu acervo que, em 1807 reunia cerca de sessenta mil peças, entre livros, manuscritos, incunábulos, gravuras, mapas, moedas e medalhas. Este acervo foi aquele trazido ao Brasil após a vinda da família real em 1808, em consequência da invasão de Portugal pelas tropas francesas comandadas por Napoleão Bonaparte.

O acervo foi trazido em três etapas, sendo a primeira em 1810 e as outras duas em 1811. A biblioteca foi acomodada, inicialmente, nas salas do andar superior do Hospital da Ordem Terceira do Carmo (de acordo com o alvará de 27 de julho de 1810), localizado na antiga rua de trás do Carmo, atual rua do Carmo, próximo ao Paço Imperial. As instalações, no entanto, foram consideradas inadequadas e poderiam por em risco tão valioso acervo assim, em 29 de outubro de 1810, data que ficou atribuída à fundação oficial da Biblioteca Nacional, o príncipe regente editou um decreto que determinava que, no lugar que havia servido de catacumbas aos religiosos do Carmo, se erigisse e acomodasse a "minha Real Biblioteca e instrumentos de física e matemática, fazendo-se à custa da Real Fazenda toda a despesa conducente ao arranjamento e manutenção do referido estabelecimento".

As obras para nova edificação da Biblioteca somente se concretizaram em 1813, quando foi transferido o acervo. Enquanto o processo de instalação dos livros, que se iniciou em 1810, estava ocorrendo a consulta ao acervo da Biblioteca já podia ser realizada por estudiosos, mediante consentimento régio e, em 1814, após o término da organização do acervo, a consulta foi franqueada ao público. Oficialmente estabelecida, a Biblioteca continuou a ter seu acervo ampliado de maneira significativa, através de compras, doações, principalmente, e de "propinas", ou seja, pela entrega obrigatória de um exemplar de todo material impresso nas oficinas tipográficas de Portugal (Alvará de 12 de setembro de 1805) e na Impressão Régia, instalada no Rio de Janeiro. Essa legislação relativa às propinas foi sendo aperfeiçoada ao longo dos anos e culminou no Decreto nº 1.825, de 20 de dezembro de 1907, chamado comumente Decreto de Depósito Legal, ainda em vigor.

Após a morte de Dona Maria I, em março de 1816, teve início o reinado de Dom João VI, que permaneceu no Brasil até 1821, quando circunstâncias políticas o fizeram retornar a Lisboa com a Família Real, à exceção de seu filho primogênito, Dom Pedro de Alcântara de Bragança (futuro imperador Dom Pedro I do Brasil), que viria a proclamar a independência do Brasil, em 1822. Aqui também permaneceu a Real Biblioteca. Nessa época ela já crescera muito e, após a Independência, em 1822, passou a ser propriedade do Império do Brasil, pois sua compra consta da Convenção Adicional ao Tratado de Amizade e Aliança firmado entre Brasil e Portugal, em 29 de agosto de 1825. Pelos bens deixados no Brasil a Família Real foi indenizada em dois milhões de libras esterlinas, desse valor, oitocentos contos de réis destinavam-se ao pagamento da Real Biblioteca, que passou a se chamar, então, Biblioteca Imperial e Pública da Corte. Em 1858, a Biblioteca foi transferida para a Rua do Passeio, número 60, no Largo da Lapa, e instalada no prédio que tinha por finalidade abrigar de forma melhor o seu acervo.

Atualmente, com algumas modificações, esse edifício abriga a Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Como seu acervo continuava a ampliar-se com as doações, aquisições e através de contribuição legal, compra de coleções de obras raras em leilões e em centros livreiros de todo o mundo, em breve seria necessária sua mudança para outro edifício, mais adequando às suas necessidades.

O crescimento constante e permanente do acervo da biblioteca foi fundamental para a realização de um projeto de construção de uma sede que atendesse a todas as necessidades da biblioteca, acomodando de forma adequada suas coleções. Com base nisso foi projetado seu atual prédio, que teve sua pedra fundamental lançada em 15 de agosto de 1905, durante o governo de Rodrigues Alves. A inauguração se realizou em 29 de outubro de 1910, durante o governo Nilo Peçanha.

O edifício da Biblioteca Nacional, cujo projeto é assinado pelo engenheiro Sousa Aguiar, tem um estilo eclético, no qual se misturam elementos neoclássicos e art nouveau, e contém ornamentos de artistas como Eliseu Visconti, Henrique e Rodolfo Bernardelli, Modesto Brocos e Rodolfo Amoedo. Fica situado na Avenida Rio Branco, número 219, praça da Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro, e compondo com o Museu Nacional de Belas Artes e o Teatro Municipal um conjunto arquitetônico e cultural de grande valor. 

Ao longo do século, a Biblioteca Nacional diversificou e aperfeiçoou suas atividades, e passou por sucessivas reformas. Em resposta às exigências impostas pela demanda dos pesquisadores, e diante da importância do conjunto bibliográfico e documental sob sua guarda, buscou acompanhar a evolução tecnológica mundial e investiu no aprimoramento dos mecanismos de segurança e preservação do patrimônio sob sua custódia; criou e desenvolveu metodologias modernas de catalogação e classificação para seu acervo e adotou novas tecnologias da informação, para garantir o direito de acesso do cidadão e contribuir para a sua qualificação.
(Fonte: Site Fundação Biblioteca Nacional)

Mais informação visite o site:
Fundação Biblioteca Nacional:


3 comentários:

  1. Meu deus que biblioteca mais perfeita, é um sonho isso gente, linda demais, deveria existir muito mais assim!!
    Um beijo
    http://abcddolivro.blogspot.com.br/

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  2. Nossa!!!!!!!!!!!!!!!!!! Demais essa biblioteca. Quando for visitar minha tia que mora no Rio, faço questão de ir lá conhecer e ficar horassssssssssss.
    Parabéns pelo conteúdo do blog.
    Tá show!
    Beijos mil

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  3. O post está incrível,parabéns pela informação e imagens!
    Realmente um lugar extraordinário principalmente pelo valor histórico de seu acervo!Vale a pena conhecer sua história e também visitar pessoalmente este lugar especial!

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